4 de outubro de 2010

Eu ia escrever pra você hoje. Mas lembrei que já tinham escrito minhas palavras antes. Comecei do mesmo jeito e me rendi ao intelecto do autor.

"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"

14 de setembro de 2010

"O que mata a filosofia no mundo de hoje é o amadorismo, a intromissão de palpiteiros que, ignorando a formulação mesma das questões que discutem, se deleitam num achismo inconseqüente e pueril, ainda mais ridículo quando se adorna de um verniz de “ciência”"
Olavo de Carvalho

Sou revestido desse achismo ignorante. Sou impregnado de falsas idéias e filosofias palpiteiras. O diferencial é minha consciência. Ou minha autoconsciência. Vou Te Buscar!

9 de setembro de 2010

Ele acorda. Ele escova o dente. Ele urina. Ele toma café. Ele vai estudar. Ele anda. Ele corre. Ele voa. Ele se teletransporta. Ele come. Ele vai trabalhar. Ele deita. Ele vai. Ele é feliz.
Comia. Assim como qualquer um, precisava de carboidratos, proteínas e vitaminas. Todo dia era dia de pão. Até que descobriu que se colocasse queijo o gosto ficava aprimorado e dava mais vontade de comer. Nunca mais foi o mesmo.

6 de setembro de 2010

Sabe uma arvore? Porque nao podemos só SER? A existencia nao basta?
O dicionário Aurélio é burro. Quis me dizer que o amor é isto ou aquilo. Essa palavra nao existe. Ele nao quer saber se é transitivo direto ou indireto. Sao sinapeses, abstraçoes. Pra fazerem o arrastao aqui e só. Sao e fim.
A psico-sociologia explica sem conceituar: o amor é intangivel, ininteligivel, intocavel, inestimavel, intra-venoso, indiscreto, inacomodavel, intempestivo, indisciplinável, indiscriminado.

5 de setembro de 2010

A vida me ensina do jeito que eu achei que nao aprenderia. Nao por ter baixo intelecto, nao por achar que nao seja o método didático correto e, da mesma forma, nao por ter pouca percepçao do mundo. Mas, SIM, porque achei que estava blindado. Achei que minha razao me sobrepunha a um altar privilegiado. Achava que minha logica me levaria aos caminhos asfaltados e que nao precisaria sofrer o aprendizado.
Minha razao me fez burro, me fez cego e me fez prisioneiro.

25 de agosto de 2010

Escoa teus hormônios em rabiscos... e aguarda!

ALL THINGS GO
Não trago a ti rosas. Não venho a ti com amêndoas ou caramelos. Nem tenho em mãos aqueles panos supervalorizados. Te dou meu peito aberto. Meu coração fragmentado pra você brincar de quebra-cabeça.
daquilo que a beleza de um bom dizer pode maquiar sua visão.

16 de agosto de 2010

Revolução

Não me guento com esse tal Carpinejar!

"Eu tenho que ensinar ingenuidade para minha filha. Ingenuidade no amor. Ingenuidade no trabalho. Ingenuidade nas amizades. Os jovens estão sobrecarregados de pessimismo, receberam nossas desilusões de herança.

Revolução não acontece com cinismo, política talvez. Revolução é feita com ingenuidade. É acreditar mais do que desconfiar. É ir para frente por uma causa ou um sentimento, não prevendo se vale a pena ou se levarão alguma vantagem pessoal. Que fracasse com convicção, mas experimente os próprios desejos. Toda experiência será sempre uma situação de risco.

Ironia não é sinal de maturidade, muito menos ingenuidade é prova de imaturidade.

Porque logo mais minha filha não começará um relacionamento sem a certeza de que dará certo. Não se aproximará de ninguém ao antecipar os possíveis foras e enganos. Não escolherá a carreira predileta devido à instabilidade. Excesso de cautela não é prevenção, é medo.

Nossos filhos não confiam em mais ninguém, nem nos pais, sequer neles mesmos. Foram treinados a não conversar com estranhos, a não fornecer dados pessoais, a não expor suas crenças. Não se arriscam com a seriedade que o idealismo pede. Serão inconsequentes, não corajosos."

9 de agosto de 2010

Existe algo mais avassalador do que as reticencias? Quando tem um ponto só o final é certeiro. Determinado: bom ou ruim, seja la o que for. Quando este único se triplica, parece que fica um vácuo... Parece que não há nada de concreto, nada de tangível, nada de... É o silêncio e fim.

4 de agosto de 2010

Adoravel canalha

Valei-me Carpinejar!

"Não ser chamado de canalha pela maldade, mas por mérito da malícia, como virtude da insinuação, pelo atrevimento sugestivo.
(...)
Não o canalha que deixa a mulher; o canalha que permanece junto. O canalha adorável que ultrapassou o sinal vermelho para levá-la. O canalha que é rude, nunca por falta de educação, para acentuar a violência do amor. Canalha por opção, não devido a uma infelicidade e limitação intelectual. Canalha em nome da inteligência do corpo.
O canalha. Como um elogio. Um elogio para dizer que é impossível domesticar esse homem, é impossível conter, é impossível fugir dele.
(...)
Bem diferente de crápula, que não é sensual e define o mau-caratismo indelével, ou de cafajeste, alguém que não presta nem para ser canalha, de índole egoísta e aproveitadora.
(...)
Estou falando do canalha que suscita aproximação, abraço, desejo. Um canalha que é um pedido de casamento entre as vogais."

3 de agosto de 2010

Engraçado: nunca veio a ser um amor comprometido, mas foi o que de mais intenso e conturbado poderei haver.
Minha cabeça dialoga comigo abusando das figuras de linguagem. Às vezes, tenho que me desfazer em metáforas pra explicar as antíteses que ela desaba sobre mim. Prefiro onomatopéias. O ritmo das aliterações e a cadência de uma boa assonância. Vezenquando, sou a personificação da cacofonia. Apenas não faço da vida um eufemismo. Faço dela a intensidade da hipérbole.
Acontece que a duvida me consome. Tal qual cancer, toma conta de todos os sentidos. Aliado ao medo, forma o exercito de dois mais potente que ja pude presenciar. Queria apenas a clareza das decisoes e a brandura do deixa-pra-la. Quem sabe assim tudo seria menos conturbado aqui dentro.
Nao quero me portar como critico, nem mesmo como um cetico total que nao sou. Mas picharei aqui minhas lamentacoes.
Ha alguns minutos que terminei de ler "A Cabana", de William P. Young, e a conclusao que cheguei foi: confusao. Como um autor desses conseguiu colocar uma historia desinteressante em 232 paginas arrastadas e ainda levar o primeiro lugar nas vendas de livros? Em primeiro lugar, livros de auto-ajuda nao me apetecem, em geral. Mais ainda, este me veio com uma trama perebenta e uma linguagem nada criativa.
Admito, gostei muito da filosofia do livro, mas considera-lo uma obra prima passa dos limites do meu entendimento. E ainda que as pessoas gostem da "espiritualidade" ali contida, vejo tao pouco daquilo ser posto em pratica.
No fim, acredito que todo mundo le tudo do jeito que quer e como melhor lhe convier. Tai a Biblia, o livro mais lido e mais diversamente interpretado que ja vi. Convido a todos dar uma sacudida na cabeca.
Resolvi transcrever a melhor passagem do livro. A unica que vale a pena. Lendo isso aqui, nao precisa gastar seus preciosos reais com tamanha bobagem.

"-Por mais bem intencionada que seja, voce sabe que a maquina religiosa e capaz de engolir as pessoas! - disse Jesus, num tom cortante. - Falando de modo simples, religiao, politica e eonomia sao ferramentas terriveis que muitos usam para sustentar suas ilusoes de seguranca e controle. As pessoas tem medo da incerteza, do futuro. Essas instituicoes, essas estruturas e ideologias sao um esforco inutil de criar algum sentimento de certeza e seguranca onde nada disso existe. E tudo falso! Os sistemas nao podem oferecer seguranca, so eu posso."

5 de julho de 2010

vou fazer uma cirurgia e ampliar meu coração
só pra voce caber ainda mais dentro dele
e eu poder te amar em terceira potência!

21 de junho de 2010

Como exaltar o amor em 7 ritmos:

Forró
Essa menina tá com cara que me quer
E pelo jeito vou vê-la virar mulher
Do jeitinho que o sorriso dela abre pra mim
Quero o calor de seu abraço me esquentando assim

Hip hop
Vi aqueles quadris mexendo
E até o chão rebolando
No meu quarto, vou te dizendo
No vai e vem, eu vou te amando

Samba
Do jeitinho que ela samba
Qual rainha de bateria
Seu rebolado bem de bamba
Do meu lado, me completaria

Sertanejo:
Levando o carro, ela se foi
Me deixou com um chifre de boi
Mas amanhã me espere muié
Eu vou amanhecer num cabaré

EMO
Do jeito que te perdi
Mil lágrimas derramei por ti
E do alto deste penhasco
Eu mato meu amor de asco

MPB
Os lábios que pousaram em minha face
Declarando quão infinito era o momento
Sorrateiros, esperando que eu atasse
Aquele amor que viraria meu tormento

Funk
Tô que tô querendo sua buceta
Tô cansado de tocar tanta punheta
Vem sentando, vem sentando no colinho do tigrão
Amor gostoso, te mostrar o que é pressão
Quero mais gargalhadas pro meu gravadorzinho de mão. Quero a alegria empacotada numa fitinha 3x4.

17 de junho de 2010

Sinceramente, sinto sua sapiência sobressaindo sentimentos insanos. Sai dessa...
Separa sua seriedade e sorria de sacanagem. Celebra e seja sinônimo de certeza.
Superior a si e só.
Vicissitudes sãs.
Saber ser sapeca em suma. Sempre sinceramente...
Não se apresse, mas se arremesse.

Don't worry...
Da lágrima, fez-se semente, que plantei, ainda criança, no quintal de casa. Não poderia saber que aguava cumplicidade.

31 de maio de 2010

O negócio está no "fazer aquilo que valha a pena". Quem não quer olhar pra trás e dizer: vi, vivi e tamuaí?

22 de fevereiro de 2010

Não sei mais se faço culto de uma verdade relativa ou de uma mentira convincente.
Posso ouvir os badalos dos sinos iniciarem um momento que muito aguardo há bastante tempo. A vibração fará meu pêlos se exaltarem numa festa desregada, meu rosto se esticar de contentação. E é quando levantaremos os braços e bradaremos: um brinde! Viva la vida!

21 de fevereiro de 2010

Acredito que se pegar contradizendo-se é tão complexo quanto uma arquitetura "niemeyeraina". O brainstorm é irresistivel.
Se voce acha que a todos é capaz conviver, encontra-se deliberadamente equivocado. Os rótulos não se fazem para apartar os outros, mas para você bem se localizar na globalidade dos genes. Encontre-se e sossegue.
Promete que, ainda que radicalmente mudado, tudo continua igual? A ilusão me paralisa numa solidão frenética. Nada que um abraço caloroso não desmaterialize.