Escoa teus hormônios em rabiscos... e aguarda!
ALL THINGS GO
25 de agosto de 2010
16 de agosto de 2010
Revolução
Não me guento com esse tal Carpinejar!
"Eu tenho que ensinar ingenuidade para minha filha. Ingenuidade no amor. Ingenuidade no trabalho. Ingenuidade nas amizades. Os jovens estão sobrecarregados de pessimismo, receberam nossas desilusões de herança.
Revolução não acontece com cinismo, política talvez. Revolução é feita com ingenuidade. É acreditar mais do que desconfiar. É ir para frente por uma causa ou um sentimento, não prevendo se vale a pena ou se levarão alguma vantagem pessoal. Que fracasse com convicção, mas experimente os próprios desejos. Toda experiência será sempre uma situação de risco.
Ironia não é sinal de maturidade, muito menos ingenuidade é prova de imaturidade.
Porque logo mais minha filha não começará um relacionamento sem a certeza de que dará certo. Não se aproximará de ninguém ao antecipar os possíveis foras e enganos. Não escolherá a carreira predileta devido à instabilidade. Excesso de cautela não é prevenção, é medo.
Nossos filhos não confiam em mais ninguém, nem nos pais, sequer neles mesmos. Foram treinados a não conversar com estranhos, a não fornecer dados pessoais, a não expor suas crenças. Não se arriscam com a seriedade que o idealismo pede. Serão inconsequentes, não corajosos."
"Eu tenho que ensinar ingenuidade para minha filha. Ingenuidade no amor. Ingenuidade no trabalho. Ingenuidade nas amizades. Os jovens estão sobrecarregados de pessimismo, receberam nossas desilusões de herança.
Revolução não acontece com cinismo, política talvez. Revolução é feita com ingenuidade. É acreditar mais do que desconfiar. É ir para frente por uma causa ou um sentimento, não prevendo se vale a pena ou se levarão alguma vantagem pessoal. Que fracasse com convicção, mas experimente os próprios desejos. Toda experiência será sempre uma situação de risco.
Ironia não é sinal de maturidade, muito menos ingenuidade é prova de imaturidade.
Porque logo mais minha filha não começará um relacionamento sem a certeza de que dará certo. Não se aproximará de ninguém ao antecipar os possíveis foras e enganos. Não escolherá a carreira predileta devido à instabilidade. Excesso de cautela não é prevenção, é medo.
Nossos filhos não confiam em mais ninguém, nem nos pais, sequer neles mesmos. Foram treinados a não conversar com estranhos, a não fornecer dados pessoais, a não expor suas crenças. Não se arriscam com a seriedade que o idealismo pede. Serão inconsequentes, não corajosos."
9 de agosto de 2010
4 de agosto de 2010
Adoravel canalha
Valei-me Carpinejar!
"Não ser chamado de canalha pela maldade, mas por mérito da malícia, como virtude da insinuação, pelo atrevimento sugestivo.
(...)
Não o canalha que deixa a mulher; o canalha que permanece junto. O canalha adorável que ultrapassou o sinal vermelho para levá-la. O canalha que é rude, nunca por falta de educação, para acentuar a violência do amor. Canalha por opção, não devido a uma infelicidade e limitação intelectual. Canalha em nome da inteligência do corpo.
O canalha. Como um elogio. Um elogio para dizer que é impossível domesticar esse homem, é impossível conter, é impossível fugir dele.
(...)
Bem diferente de crápula, que não é sensual e define o mau-caratismo indelével, ou de cafajeste, alguém que não presta nem para ser canalha, de índole egoísta e aproveitadora.
(...)
Estou falando do canalha que suscita aproximação, abraço, desejo. Um canalha que é um pedido de casamento entre as vogais."
"Não ser chamado de canalha pela maldade, mas por mérito da malícia, como virtude da insinuação, pelo atrevimento sugestivo.
(...)
Não o canalha que deixa a mulher; o canalha que permanece junto. O canalha adorável que ultrapassou o sinal vermelho para levá-la. O canalha que é rude, nunca por falta de educação, para acentuar a violência do amor. Canalha por opção, não devido a uma infelicidade e limitação intelectual. Canalha em nome da inteligência do corpo.
O canalha. Como um elogio. Um elogio para dizer que é impossível domesticar esse homem, é impossível conter, é impossível fugir dele.
(...)
Bem diferente de crápula, que não é sensual e define o mau-caratismo indelével, ou de cafajeste, alguém que não presta nem para ser canalha, de índole egoísta e aproveitadora.
(...)
Estou falando do canalha que suscita aproximação, abraço, desejo. Um canalha que é um pedido de casamento entre as vogais."
3 de agosto de 2010
Minha cabeça dialoga comigo abusando das figuras de linguagem. Às vezes, tenho que me desfazer em metáforas pra explicar as antíteses que ela desaba sobre mim. Prefiro onomatopéias. O ritmo das aliterações e a cadência de uma boa assonância. Vezenquando, sou a personificação da cacofonia. Apenas não faço da vida um eufemismo. Faço dela a intensidade da hipérbole.
Nao quero me portar como critico, nem mesmo como um cetico total que nao sou. Mas picharei aqui minhas lamentacoes.
Ha alguns minutos que terminei de ler "A Cabana", de William P. Young, e a conclusao que cheguei foi: confusao. Como um autor desses conseguiu colocar uma historia desinteressante em 232 paginas arrastadas e ainda levar o primeiro lugar nas vendas de livros? Em primeiro lugar, livros de auto-ajuda nao me apetecem, em geral. Mais ainda, este me veio com uma trama perebenta e uma linguagem nada criativa.
Admito, gostei muito da filosofia do livro, mas considera-lo uma obra prima passa dos limites do meu entendimento. E ainda que as pessoas gostem da "espiritualidade" ali contida, vejo tao pouco daquilo ser posto em pratica.
No fim, acredito que todo mundo le tudo do jeito que quer e como melhor lhe convier. Tai a Biblia, o livro mais lido e mais diversamente interpretado que ja vi. Convido a todos dar uma sacudida na cabeca.
Resolvi transcrever a melhor passagem do livro. A unica que vale a pena. Lendo isso aqui, nao precisa gastar seus preciosos reais com tamanha bobagem.
"-Por mais bem intencionada que seja, voce sabe que a maquina religiosa e capaz de engolir as pessoas! - disse Jesus, num tom cortante. - Falando de modo simples, religiao, politica e eonomia sao ferramentas terriveis que muitos usam para sustentar suas ilusoes de seguranca e controle. As pessoas tem medo da incerteza, do futuro. Essas instituicoes, essas estruturas e ideologias sao um esforco inutil de criar algum sentimento de certeza e seguranca onde nada disso existe. E tudo falso! Os sistemas nao podem oferecer seguranca, so eu posso."
Ha alguns minutos que terminei de ler "A Cabana", de William P. Young, e a conclusao que cheguei foi: confusao. Como um autor desses conseguiu colocar uma historia desinteressante em 232 paginas arrastadas e ainda levar o primeiro lugar nas vendas de livros? Em primeiro lugar, livros de auto-ajuda nao me apetecem, em geral. Mais ainda, este me veio com uma trama perebenta e uma linguagem nada criativa.
Admito, gostei muito da filosofia do livro, mas considera-lo uma obra prima passa dos limites do meu entendimento. E ainda que as pessoas gostem da "espiritualidade" ali contida, vejo tao pouco daquilo ser posto em pratica.
No fim, acredito que todo mundo le tudo do jeito que quer e como melhor lhe convier. Tai a Biblia, o livro mais lido e mais diversamente interpretado que ja vi. Convido a todos dar uma sacudida na cabeca.
Resolvi transcrever a melhor passagem do livro. A unica que vale a pena. Lendo isso aqui, nao precisa gastar seus preciosos reais com tamanha bobagem.
"-Por mais bem intencionada que seja, voce sabe que a maquina religiosa e capaz de engolir as pessoas! - disse Jesus, num tom cortante. - Falando de modo simples, religiao, politica e eonomia sao ferramentas terriveis que muitos usam para sustentar suas ilusoes de seguranca e controle. As pessoas tem medo da incerteza, do futuro. Essas instituicoes, essas estruturas e ideologias sao um esforco inutil de criar algum sentimento de certeza e seguranca onde nada disso existe. E tudo falso! Os sistemas nao podem oferecer seguranca, so eu posso."
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